Biografia

2015

Peter Boos nasceu em Vila Velha, no Espírito Santo, em 1985. Iniciou sua carreira artística no município de Aracruz, em 1998, quando integrou o grupo amador de teatro Fazendo Cena. Graduou-se em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), em 2006.

Durante 12 anos desenvolveu, no Rio de Janeiro, atividade artística profissional como ator, autor, performer, cantor, designer gráfico, viodeografista, assistente de direção, produtor e técnico cênico.

Manteve, de 2006 a 2013, uma profícua parceria com o renomado diretor Moacir Chaves, participando como ator de encenações relevantes no panorama teatral carioca, como: “A Negra Felicidade”, com dramaturgia do próprio diretor, “O Retorno ao Deserto”, de Bernard-Marie Koltès, “Labirinto”, com textos de Qorpo-Santo, “Ecos da Inquisição”, de Miriam Halfim, “O Jardim das Cerejeiras”, de Anton Tchekhov, e “Macbeth”, de William Shakespeare.

Em 2012, na Alfândega 88, companhia teatral que ajudou a fundar e onde também exerceu atividades de produção e design gráfico, Peter Boos foi co-idealizador e integrante do projeto dirigido por Moacir Chaves de reabertura e de ocupação do Teatro Serrador, histórica casa de espetáculos na Cinelândia – projeto contemplado com o Prêmio Shell Rio 2013 (um dos prêmios de teatro mais importantes do Brasil), na Categoria Especial. Na ocasião, Peter Boos foi um dos responsáveis pelo reparo e atualização da estrutura física do teatro, pelo aparelhamento, manutenção e operação de recursos de luz e cenário (em parceria com Aurélio de Simoni, um dos mais renomados iluminadores cênicos brasileiros), além de um dos responsáveis pela administração da casa.

Ainda como ator, trabalhou em diversas outras montagens, com diretores como Bruce Gomlevski, com quem fez o espetáculo “Festa de Família”, baseado no filme homônimo do movimento Dogma95, e Diego Molina, com quem fez os espetáculos “Os Trabalhadores do Mar”, com dramaturgia do próprio diretor, baseada na obra de Victor Hugo, “Joaquim e as Estrelas”, espetáculo para o público infantil da autora Renata Mizrahi, e “Édipo Rei”, de Sófocles – peça pela qual ganhou a Menção Honrosa por sua interpretação no Festival Estudantil de Teatro do CCBB, em 2007.

Seus trabalhos com maior destaque como ator em teatro são: “Os Sapos”, texto de Renata Mizrahi com direção da autora e de Priscilla Vidca, “O Banqueiro Anarquista”, do conto de Fernando Pessoa sob a direção de Fernando Lopes Lima, e o aclamado pela crítica e um dos maiores sucessos de bilheteria no país, “Elis, A Musical”. O espetáculo musical produzido pela Aventura Entretenimento com o texto de Nelson Motta e Patrícia Andrade, sob direção do respeitado diretor Dennis Carvalho, contava a história da maior cantora brasileira de todos os tempos, Elis Regina (1945-1982). Dentre outros personagens, Peter Boos interpretava o cartunista Henfil, famoso pela sua luta contra o Regime Militar no Brasil.

Como autor, criou em parceria com a artista Fernanda Vizeu a performance “Catracacatraca”, polêmica ação registrada em vídeo e publicada na internet, em que questionam o valor da passagem de ônibus no Rio de Janeiro, levantando questões morais sobre o dia-a-dia do cidadão brasileiro.

Participou também de inúmeras outras produções em vídeos, novelas, coreografias em desfiles de escolas de samba, leituras dramatizadas e teatro-dança, além de manter ao longo de toda a sua carreira intensa atividade como designer gráfico, na criação de peças publicitárias para espetáculos teatrais ou eventos culturais no Rio de Janeiro e no Brasil.

Sua experiência como produtor inclui, além das já enumeradas, a Coordenação Cultural no Baukurs Cultural (centro de língua e cultura alemã no Rio de Janeiro), onde foi responsável pela inauguração das atividades culturais, a Coordenação Assistente da área de Artes Cênicas da V Bienal de Artes e Ciências da UNE, e, principalmente, a fundação em 2012 da Beepecriaoc Arte, empresa produtora cultural de sua propriedade, responsável pelo desenvolvimento de projetos que buscam novos parâmetros para os meios nacionais de produção cultural.

Peter vive atualmente em Berlim, onde trabalha para estabelecer cooperação entre instituições brasileiras e alemãs para uma pesquisa dos modelos de produção em companhias alemãs de teatro. Em julho de 2015 participou de exposição central do festival de arte 48 Stunden Neukölln, com o tema S.O.S. – Art Saves the World (S.O.S. – A Arte Salva o Mundo), onde apresentou o trabalho “Brazil Exposed”. No momento desenvolve o projeto artístico Jornal Livre Peter Boos, compartilhando e comentando o que a mídia oficial brasileira não mostra.

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